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Críticas

A Morte Lhe Cai Bem

Por Danielle Delaneli

a morte lhe cai bem

“A Morte Lhe Cai Bem” é uma comédia satírica que explora a obsessão contemporânea pela juventude e a rivalidade feminina de forma hilariante e provocativa. Dirigido por Robert Zemeckis, o filme traz Meryl Streep como Madeline, uma atriz envelhecida e egocêntrica, e Goldie Hawn como Helen, sua antiga amiga e rival. Ambas competem pelo amor de Ernest (Bruce Willis), um médico que se vê no meio dessa disputa.

 

A rivalidade entre Madeline e Helen é emblemática do que muitas mulheres enfrentam: a pressão para serem vistas como jovens e atraentes. O filme utiliza essa competição para criticar os padrões de beleza impostos pela sociedade, mostrando como essas expectativas podem levar as mulheres a ações desesperadas e até mesmo perigosas. Quando as duas descobrem um elixir que promete a imortalidade, a história ganha contornos absurdos, refletindo sobre as consequências da busca insaciável pela perfeição.

 

O humor grotesco se torna um veículo para discutir questões sérias sobre a identidade feminina. À medida que Madeline e Helen se tornam cada vez mais obcecadas por suas aparências, o filme revela a futilidade dessa busca. A rivalidade delas evolui para uma batalha cômica que questiona o que significa realmente viver e envelhecer. 

 

Além disso, “A Morte Lhe Cai Bem” destaca como a amizade feminina pode ser prejudicada por inseguranças e competitividade. No final, o filme não apenas diverte, mas também provoca reflexões sobre a natureza da beleza, da amizade e das expectativas sociais colocadas sobre as mulheres. É uma obra que permanece relevante, convidando o público a rir enquanto reflete sobre suas próprias percepções de envelhecimento e valor pessoal.

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