Projeto A Sala

Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009)

Críticas Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009) Um retrato sobre a solidão. Esse filme é um daqueles que vai prender sua atenção, independente de qualquer coisa… primeiro por ser gravado em primeira pessoa, acompanhamos em tempo real a narração e vivência de um geólogo que é enviado para o interior do nordeste brasileiro, narrando principalmente sobre a cidade pacata e os moradores que ali habitam. Karin Ainouz (mesmo diretor de “céu de Suely”) consegue em pouco mais de 100 minutos carregar a solitude do protagonista, pior, nós ficamos mergulhados nela… o narrador personagem é José Renato (Irandhir Santos) que com sua atuação, promove uma imersão realista acerca da solidão principalmente em grandes viagens. Um destaque no filme é o diálogo da personagem Paty (que é dançarina e faz programa nas horas vagas) que introduz o conceito de “vida lazer”: que para ela significa estar com a filha e com o companheiro ao lado, para esquecer esses momentos ruins que passou na vida, ressaltando ainda com a frase “é triste gostar sem ser gostada”. Esse pequeno vídeo viralizou no TikTok e Instagram, muitas pessoas assistiram o filme devido a isso. A impressão a que temos assistido é que o próprio José Renato é quem está fazendo o filme, sem filtros, CGI, apenas com uma câmera na mão é capaz de transmitir emoção, veracidade, fúria, realidade com um toque bem pessoal e cru. A cidade pacata, os moradores, as festas, os diálogos, e o trabalho, junto com as memórias amorosas de José são o palco perfeito para a poesia presente no cotidiano, principalmente a marginal (que fica às margens, não a poesia polida). O filme está disponível no YouTube, caso alguém queira assistir realmente vale a pena. O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

O céu de Suely (2006)

Críticas O céu de Suely (2006) Parece um conto de fadas brasileiro Esse filme parece simples, mas aborda muita complexidade e questionamentos principalmente nas entrelinhas, as ações dos personagens falam mais do que os próprios diálogos – o que nos causa uma empatia, principalmente pela atuação impecável da atriz Hermila Guedes. No longa, conhecemos Hermila (Hermila Guedes) uma mãe solo que volta para sua cidade natal no interior do Ceará na esperança da qual o pai do seu filho volte, e tenham uma família. Mas o passar do tempo mostra um tom agridoce, o homem não volta e Hermila se vê sem um propósito. Querendo abandonar o interior a qualquer custo, mas completamente sem dinheiro, Hermila então tem uma ideia de rifar seu corpo para um homem por uma única noite, chamada “noite no paraíso” adotando assim o codinome “Suely”. A rifa faz muito sucesso, até que chega ao conhecimento da família da Hermila (Suely) que desaprova a atitude. O filme conta com 130 minutos, e pode ser assistido no globoplay e na Netflix, aborda liberdade sexual, empoderamento, relações familiares, dificuldades socioeconômicas, discriminação, abandono parental, relacionamentos e desilusão amorosa. É um filme nu, cru e com uma direção incrível de Karim Aïnouz (as câmeras são estáticas, lembrando quase uma novela) nos garante uma proximidade com os personagens. Gravado nos anos 2000, temos um granulado natural (ocasionado pela resolução câmera utilizada), principalmente no início do filme onde enxergamos o sonho de Suely – Hermila, no qual o espectador desavisado pode até achar que se trata de um conto de fadas ou filme de romance, mas o desenvolvimento da trama nos mostra algo bem mais complexo que isso. O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

(500) dias com ela (2009)

Críticas (500) dias com ela (2009) Um filme problemático e superestimado Vou evitar adicionar spoilers, apesar de não ser um filme novo, sei que existem algumas pessoas que ainda não assistiram. Era pra ser um filme de romance? Não, o próprio filme nos mostra isso no início mas vai se criando um apelo muito forte nos protagonistas (principalmente “Tom” Joseph Gordon Levitt). Na verdade, esse é um clássico filme onde “um cara bonzinho” se apaixona por uma mulher “que o decepciona” no final, apesar de ser um ícone cult o longa é sim bastante problemático se analisar minuciosamente. As pessoas confundem atração física com amor, e vem misturado de carência e dependência emocional… Tom estava muito tempo sozinho e “mergulhou de cabeça” ao conhecer Summer (Zoey Deschanel) ignorando completamente o fato de que ela não queria relacionamento. Fica um sabor agridoce e com um toque de “incel”, afinal o Tom era tão legal porque ele não ficou com Summer? Simplesmente porque ela não quis, e tá tudo bem isso. O erro na verdade foi a criação de expectativa onde tinha traços desde o início que era incerto. Existe um diálogo no filme onde a Rachel (Chloe Grace Moretz – ainda criança) diz a seguinte frase “só porque ela gosta das mesmas coisas que você não significa que é o amor da sua vida”. A verdade é uma só: esse filme muda as nossas percepções com o passar do tempo. Lembro de ter assistido quando lançou (eu era adolescente) e me identifiquei muito com Tom, ora com Summer também… assistindo novamente agora já adulto, tenho a percepção que na verdade todos os personagens deveriam fazer terapia nesse filme, principalmente Summer ao deixar a relação ir longe demais. Não existe vilão no filme, mas condições adversas que seriam resolvidas facilmente com psicologia. O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

A Garota Ideal (2007)

Críticas A Garota Ideal (2007) Já vi cenas desse filme em compilados de memes na internet, principalmente sobre o ator Ryan Gosling mas recentemente me permiti uma chance para assistir, e fui surpreso positivamente… O filme apesar de possuir uma premissa relativamente simples, muda da água para o vinho entre o segundo ato e o clímax. No longa, conhecemos Lars (Ryan Gosling) um homem extremamente tímido que não interage muito socialmente – mas consegue trabalhar e ir a igreja aos domingos. O irmão de Lars – Gus (Paul Schneider) é casado com Karin (Emily Mortimer) que possui um fascínio para a socialização de Lars, praticamente Karin fica forçando a barra para que Lars jante com o irmão, o agarrando e nitidamente deixando em uma situação bem desconfortável. Tudo muda quando o colega de trabalho de Lars – Kurt (Maxwell McCabe-Lokos) mostra um site para comprar bonecas sexuais reais, Lars escolhe a aparência da mulher ideal e isso é o estopim para a narrativa do filme. Acontece que Lars encontrou em Bianca (boneca) uma relação afetuosa que não construiu com nenhuma outra pessoa. O fato de mostrar isso para outras pessoas gera um tom de humor ácido, cenas hilariantes, desconfortáveis e ao mesmo tempo, emotivas… O roteiro de Nancy Oliver toma um rumo completamente inesperado, a ponto do espectador ter empatia por Bianca ao mesmo tempo que acompanhamos a evolução comportamental de Lars, que vai ficando mais sociável a medida que o relacionamento com Bianca avança (aliás, um adendo: em momento algum no filme, mostra uma relação sexual de Lars e Bianca). Inclusive, o casal possui até uma discussão de relacionamento acalorada, e a “morte” de Bianca é emotiva com toda a comunidade e ao mesmo tempo que é um recomeço para Lars. O longa possui 102 minutos, vale muito a pena assistir pois possui um ritmo descontraído e leve – está disponível no prime video e na mubi… se eu pudesse avaliar esse filme, eu daria 4 estrelas de cinco. O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

No Entres (2024)

Críticas No Entres (2024) Por Ricardo Rodrigues No Entres (2024) .. Ou seria melhor “não assista”? Sem spoiler O longa encontra-se em cartaz nos cinemas brasileiros, foi lançado no Brasil dia 10/04/25. Sinceramente não vi ninguém falando desse filme, logo, assisti sem expectativa e não me decepcionei (mas não fiquei surpreso). Uma premissa repleta de clichês com uma narrativa tão batida que mesmo ao incorporar uma crítica sobre o uso da internet para ganhar likes e visualizações, não torna o filme inovador. Na narrativa conhecemos dois personagens que são os protagonistas: Aldo e Cristian, são adultos que interpretam jovens querendo ser famosos na internet, e que são capazes de entrar em uma casa abandonada para almejar a fama virtual, mas como todo bom clichê de filme de terror, obviamente as coisas saem fora do esperado e uma tragédia se aproxima. O formato do filme é na maioria das vezes em found footage, o que deixa subentendido ser uma produção com baixo orçamento, isso não seria um problema se a direção, roteiro e atuações fossem impecáveis (o que não é o caso desse filme). Apesar de ter alívios cômicos, cenas que de fato tiram uma risada bem leve, o filme não passa mais do mesmo: jump scares fracos, câmera tremendo, pessoas se ferrando por mexerem/zombarem de espíritos, devaneios e umas maquiagens/figurinos medianos (aparece um suposto demônio no filme, com uma duração menor que dois segundos, com uma roupa que parece ser comprada na shoppe), mesmo com o “plot twist” próximo do final, o filme não surpreende o espectador. Existe uma cena pós créditos que deixa no ar se haverá ou não uma possível continuidade, que caso exista, sinceramente não vale a pena assistir. Se eu pudesse avaliar o filme em uma nota de zero a cinco, eu daria 2,5. O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

Looney Tunes – O Filme: O Dia Que A Terra Explodiu

Críticas Looney Tunes – O Filme: O Dia que a Terra Explodiu (2024) Por Marcelo Paiva Looney Tunes – O Filme: O Dia Que A Terra Explodiu é a fórmula certa para a franquia da Warner! Inserir uma nova vida útil – e de preferência, longa – para um universo animado que já possui mais de 90 anos, não é tarefa fácil. Afinal, mesmices cinematográficas estão aos montes por aí e até hoje, por exemplo, a Marvel não sabe como recuperar o fio da meada, após o sucesso de Vingadores. Mas, os roteiristas do novo filme do Looney Tunes parecem ter acertado na dose. Em seu último lançamento, acompanhamos a jornada de Gaguinho e Patolino em um script habitual para o estúdio: o espaço sideral e a sua sempre firme ameaça universal. Se, à primeira vista, parece que o longa irá persistir no enredo clássico dos live-actions do passado, a história mostra que não foi esse o destino do Dia que a Terra Explodiu. Na trama, a dupla carismática vive em uma cidade dominada pela indústria do chiclete e, logo na primeira metade, descobre que um ser alienígena alterou a fórmula da mais nova edição da goma de mascar para fins nefastos. Esse é o fio lógico do filme, isto é, o único ponto racional da trama, já que nada em Looney Tunes é para ser verossímil. Com personagens secundários que justificam sua existência – acredite, isso é talvez um dos maiores desafios para os estúdios de animação hoje em dia – é muito divertido acompanhar a interação criada para a dupla de desajeitados, que representam uma ameaça muito maior para o mundo do que qualquer plano maquiavélico orquestrado por um extraterrestre. Brincando com a máxima de que serão eles a única esperança da Terra, o longa entretém, não cansa e até consegue emocionar. Para um legado que precisa – urgentemente – se encaixar no novo mundo digital da geração Alpha (nascida nos anos 2010), isso já é certamente um dever mais que cumprido. O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

Bem vindos a bordo

bem vindos a bordo 2021

Críticas Bem vindos a bordo (2021) Por Ricardo Rodrigues Antes de começar a análise, esse filme foi feito no meio da pandemia do COVID-19 em 2021, e isso é apresentado na narrativa – principalmente do meio para o final. Sabe aqueles filmes que são medianos e interessantes ao mesmo tempo? Bem vindos a bordo é um desses filmes. Definitivamente você não vai colocar para assistir como primeira opção, mas quando assistir não ficará frustrado… O filme possui dois diretores: Emmanuel Marre e Julie Lecoustre (que são roteiristas do longa também). Conhecemos Cassandra (Adele Exarchopoulos) uma jovem de 26 anos que é comissária de bordo em uma empresa de baixo prestígio, que tem que conciliar os desafios da carreira junto com a vida pessoal. Nunca tive nenhum contato com comissária de bordo, mas o filme foi produzido de maneira verossímil que causa reflexão sobre as relações de cargo e como conciliar na vida pessoal os desafios que aparecem. Cassandra tem uma vida regrada com encontro casuais em aplicativos de relacionamento, noites regradas com álcool e drogas na intenção de diminuir o tédio e a pressão pressão do trabalho. Com treinamentos intensos e metas elevadas, o emprego vai ficando exaustivo e Cassandra acaba perdendo o cargo que ocupava. Com esse choque de realidade, ela se vê em um novo desafio: abandonar os antigos hábitos para retornar a sua cidade natal e poder recomeçar a vida. O roteiro é simples, mas funciona muito bem com a temática que é apresenta de forma linear e a direção geral é excelente, que junto com a atuação magistral da Adele Exarchopoulos permite uma imersão na vida da protagonista, garantindo que o espectador crie empatia com a personagem. Não é um dos meus filmes favoritos, mas é um bom filme… Se eu pudesse dar uma nota seria 3,5. O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

Frances Ha

Frances Ha (2012)

Críticas Frances Ha (2012) Por Ricardo Rodrigues Se tornar adulto não é fácil, principalmente quando você é uma mulher com muitos sonhos e pouco dinheiro, e mora em uma cidade grande… Essa é a premissa de Frances Ha: filme escrito e dirigido por Noah Baumbach e co-escrito por Greta Gerwig. Mas não se engane, esse filme é uma obra prima escondida por trás de uma história aparentemente comum. Sinceramente, acho o longa perfeito para assistir quando você tem trinta anos – ou perto disso, a pressão que a sociedade em ver todos ao redor e “bem sucedidos” ao mesmo tempo em que você fica parada é realista, embora que simplória. O filme consegue causar empatia ao espectador pois querendo ou não, todos nós já fomos (ou somos) Frances, ou conhecemos uma “Frances” em nossas vidas. A construção do roteiro e a criação complexa da protagonista, juntamente com a excelente atuação de Greta Gerwig proporciona risos, lágrimas e vontade de abraçar a personagem. Ficamos empáticos com as situações cometidas: quem diria que uma ida a Paris seria tão deprimente? Pois o roteiro brinca com reviravoltas e apresenta situações cômicas do cotidiano que, na maioria das vezes passam despercebidas aos nossos olhos. A cena de Frances correndo enquanto dança na rua, com a trilha sonora de “Modern love” do Bowie é simplesmente incrível e proporciona um calor no coração de quem assiste, e a cena do monólogo sobre relacionamentos, quando Frances fica bêbada ao tomar uma taça de vinho é outra cena icônica do filme. Um filme sobre amadurecimento, identificação, perdas, ganhos, conflitos, mudanças, expectativas e perspectivas diferentes.  Assista, você não vai se arrepender! O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

Hora da Estrela

Hora da Estrela

Críticas Hora da Estrela (1985) Por Ricardo Rodrigues Se você acha que não conhece nenhum filme nacional com jovens desajustadas e que sonham em melhorar de vida, você precisa assistir esse filme.  A hora da estrela é um filme homônimo do livro de Clarice Lispector, publicado em 1977 o livro conta a história de Macabéa, uma datilógrafa que migra para o Rio de Janeiro com seu dia a dia narrado por um escritor fictício. Entretanto, no longa-metragem sofreu algumas adaptações da obra literária: não vemos essa narração, a história se desenrola sobre a perspectiva da Macabéa e nós acompanhamos os eventos gradualmente, além do fato que Macabéa se muda para São Paulo.   Cabe ressaltar que esse filme foi o primeiro da diretora Suzana Amaral, que com maestria garante uma direção muito eficiente principalmente com a protagonista: Macabéa (interpretada por Marcélia Cartaxo) nos faz rir, chorar, se emocionar e com sua vida simples e repleta de questionamentos…  Dá vontade de abraçar Macabéa, de colocar dentro de um potinho e de proteger de todos os perigos… a atuação da Fernanda Montenegro (Madame Carlota) é breve, mas ao mesmo tempo impactante.  Me lembrou um pouco o filme Frances Há, onde ambas as obras têm mulheres quebradas que estão tentando sobreviver no meio do caos com leveza, e o espectador acompanha os sonhos, dificuldades e anseios das protagonistas.    Uma curiosidade sobre o filme: em maio de 2024, os cinemas brasileiros (re)exibiram a obra restaurada em 4K, e a Associação Brasileira de Críticos de Cinema nomeou “a hora da estrela” como um dos cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos, se você ficou interessado e deseja assistir a obra, está disponível integralmente no YouTube (em uma qualidade mediana de imagem, pois trata-se de um filme de 85). O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

Pioneiras do Cinema: A Revolução Feminina nas Telas

Pioneiras do Cinema: A Revolução Feminina nas Telas

Críticas Pioneiras do Cinema: A Revolução Feminina nas Telas Por Danielle Delaneli Alice Guy Blaché, a mãe do cinema foi uma verdadeira pioneira na indústria cinematográfica. Nascida em 1873, na França, ela começou sua carreira como assistente de produção e rapidamente se destacou como diretora. Em 1896, ela se tornou a primeira mulher a dirigir um filme, “La Fée aux Choux” (A Fada dos Repolhos). Alice não apenas dirigiu, mas também produziu e escreveu roteiros, criando uma vasta obra que abrange mais de 1.000 filmes. Reconhecida como cineasta e roteirista de filmes de ficção, é considerada uma visionária pelo seu uso inovador do cronofone da Gaumont na sincronização de som, na colorização, na formação de elencos interraciais e na aplicação de efeitos especiais. Seu trabalho é fundamental para entender a evolução do cinema, especialmente no que diz respeito à representação feminina nas telas.   Florence Lawrence, nascida em 1886, foi uma das primeiras estrelas de cinema e uma das primeiras a ter seu nome creditado nos filmes. Ela começou sua carreira no início do século XX e rapidamente se tornou uma figura popular nas produções da época. Lawrence também inovou ao se tornar uma das primeiras atrizes a negociar contratos e promover sua imagem, ajudando a moldar o papel das estrelas no cinema.   Maya Deren, nascida em 1917, é frequentemente lembrada como uma das cineastas mais influentes do cinema experimental. Seu trabalho na década de 1940, especialmente em filmes como “Meshes of the Afternoon”, desafiou as convenções narrativas tradicionais e explorou temas como sonho e identidade. Deren não apenas criou filmes inovadores, mas também escreveu sobre teoria cinematográfica, influenciando gerações futuras de cineastas.   Hedy Lamarr foi uma atriz e inventora austríaca, famosa não apenas por sua beleza e talento no cinema, mas também por suas contribuições para a tecnologia. O que muitas pessoas não sabem é que Hedy, junto com o compositor George Antheil, desenvolveu um sistema de comunicação por espectro espalhado durante a Segunda Guerra Mundial, que ajudou a proteger as transmissões de torpedos. Essa tecnologia é uma base importante para as comunicações sem fio modernas, como Wi-Fi e Bluetooth!   Por fim, Agnès Varda, nascida em 1928, é um ícone do cinema francês e uma das principais figuras da Nouvelle Vague. Sua abordagem única combinava documentário e ficção, explorando temas sociais e feministas com sensibilidade e profundidade. Filmes como “Cléo de 5 à 7” destacam seu talento em contar histórias que capturam a condição humana de maneira poética.   Essas mulheres não apenas abriram caminho para futuras cineastas, mas também enriqueceram o cinema com suas visões únicas e criativas. Cada uma delas deixou um legado duradouro que continua a inspirar novas gerações. Se quiser saber mais sobre alguma delas ou discutir suas obras específicas, estou aqui para ajudar! O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.