This people has house in it (2016)

Críticas This People has House in it (2016) Um curta metragem que tem muito a mostrar, mais do que os 11:55 minutos Por Ricardo Rodrigues @imaginealgolegalaqui SEM SPOILER! Assisti esse curta metragem durante a noite, e não fiquei tão aflito (até descobrir a totalidade desse projeto, aí me deu um frio na espinha). Cabe ressaltar que o curta metragem foi exibido em 2016, naquela época não havia tantas “fakes news” e os vídeos virais ainda não existiam na mesma quantidade que temos hoje. Foi exibido durante a noite pela televisão, no canal Adult Swim (milhares de pessoas acreditavam nas imagens). O curta não possui legendas automáticas em português, mas se você tiver um conhecimento básico de inglês, não terá dificuldades em entender o contexto. Acompanhamos o dia a dia uma família cujo número é “437” através das câmeras de segurança 24h instaladas na casa. O curta metragem bebeu da fonte do “found footage” e as imagens em baixa resolução (convenientes com as câmeras de segurança, e também o contexto da época que não tinha full Hd 4k) garantem realmente um ar verossímil a obra, a atuação também, é muito convincente. Após uma discussão de relacionamento, o casal nota que a filha adolescente está deitada no chão sem se mexer (no início acham que ela quer chamar atenção) mas depois realmente observam que ela não se mexe de tal maneira que o corpo fica extremamente pesado igual um metal. Coisas estranhas acontecem (estou falando de maneira bem genérica, para não dar spoiler) principalmente porque os familiares não prestam tanta atenção assim nos detalhes, e aqui tem muitos ester eggs: na televisão, na geladeira, na janela etc… sempre existe algo para ser observado, tem que estar bem atento as entrelinhas. O final do curta metragem não é tão impactante, mas foi decente. Deixa um gosto de “puxa acaba assim?” Mas quando você percebe que existem códigos, áudios, telefonemas, fitas com gravações escondidas, isso torna a experiência mais completa. Na verdade é um grande projeto de transmídia. E criar isso antes dos anos de 2020 bem executado, não é simples… No site das câmeras se você digitar uns códigos, e senhas você desbloqueia mais de duas horas de gravações (incluído um final mais tenso do que o apresentado no curta metragem). Ou seja, o curta metragem de quase doze minutos trata-se apenas da ponta do iceberg. E tem que ter tempo, e paciência… Mas se você não quiser ser “hacker” e ter que desvendar o mistério da família 437, existem vídeos no YouTube completos com todas as fitas, áudios, ligações (conteúdo completo que os fãs disponibilizaram). Recomendo, mas por se tratar de um found footage com imagens em baixa resolução e algumas coisas “entediantes”, não vai agradar a todos os públicos. Mas vale a pena se você estiver disposto a experiência imersiva que o diretor propôs. Leia Também Orfeu Negro O Palhaço Um Filme de Cinema (2017) Cinema Paradiso Cinderela Baiana (1998) O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.
Metas cinéfilas para 2025!

Críticas Metas cinéfilas para 2025! Por Larissa Blanco @filme.da.semana Feliz 2025 pessoal! Já montaram as metas de vocês para esse ano que se inicia? Aliás, o quão gentil vocês estão sendo com vocês mesmos com essas metas, hein? Hoje em dia eu tenho feito poucas metas, e todas elas acabam englobando meus hobbies, porque eu sinto que é a única coisa que tenho controle na minha vida. Alguns anos atrás eu inventei umas metas cinéfilas mirabolantes, como assistir filmes de 52 países ao longo de um ano, e isso quase acabou com minha sanidade mental e amor pela sétima arte. Então hoje em dia tento focar em metas possíveis. Eu me conheço bem, então sei o que consigo e não consigo fazer. É claro que muitas vezes a vida acontece e nos atropela, mas o momento de criar metas também é um momento de autoconhecimento. Mas chega de papinho motivacional, hoje venho aqui com singelas sugestões de metas cinéfilas para se desafiarem nesse novo ano que se inicia! Assistir mais filmes dirigidos por mulheres Em 2015 começou o movimento #52filmsbywomen, desafiando a assistir uma produção com direção feminina por semana, ao longo de um ano (sim, um ano tem 52 semanas, por isso muitos desafios possuem esse número). Essa é uma das poucas tradições que tenho comigo mesma, e há três anos consigo cumprí-la. Cinquenta e dois filmes podem ser muito para um início, mas que tal se desafiar a ver algo como 30 filmes? Ver mais filmes de países diferentes Não dá pra discutir o volume de produções norte-americanas que somos expostos constantemente. Tanto que nos acostumamos com formatos e clichês, com coisas que são até mesmo fora da nossa realidade, devido a essa exposição. E não vou falar aqui para parar de assistir filmes de Hollywood, mas sim para adicionar a suas listas de “quero assistir” mais filmes que sejam de outros países, falados em outras línguas, com contextos diferentes, etc. Inicialmente não é uma tarefa fácil, mas aos poucos a gente se acostuma com outros ritmos e tudo isso faz a gente criar um novo repertório cultural. Faça uma lista de países que você acha a cultura legal, que você conhece algum ator ou diretor, que você sabe que tem obras disponíveis nos streamings que você assina, e daí vai expandindo. É mais fácil começar com o cinema europeu, que costuma ter uma melhor distribuição, e essa mudança já pode ser um choque para alguns. Mas vale a pena desbravar obras de todos os continentes. Festivais de cinema podem ajudar muito nesse desafio. Consumir mais cinema nacional Sim, “Ainda estou aqui” é um filmão e merece ser premiado e celebrado, mas quantos outros filmes brasileiros você assistiu no ano passado? Outra meta possível é assistir mais filmes nacionais, e aqui tem um facilitador que são os streamings gratuitos. Itaú Cultural Play, SPcine, Sesc Digital são apenas alguns dos lugares onde você consegue ver filmes brasileiros, com catálogos que combinam clássicos e obras mais recentes, com muitas produções independentes. Assistir filmes mais antigos Com o fluxo de lançamentos nos streamings e seus algoritmos, somos expostos a filmes com no máximo 2 ou 3 anos. Não sei se vocês já passaram pelo grande evento que é alguém chamando de “antigo” um filme com pouco mais de dez anos, mas eu já e digo pra vocês que é esquisito. Ver só lançamentos pode confundir nossa percepção de tempo. Existem tendências de estilo, gênero, ritmo em todas as décadas, e é interessante observar isso. Só recentemente que, assistindo filmes do começo dos anos 2000, percebi características de edição muito marcantes da época, que passam despercebido quando aquilo é tudo que consumimos. Tente assistir um filme de cada década do século 20, com certeza você vai descobrir um novo favorito onde você menos espera 🙂 É claro que nenhum desses tópicos é uma ordem ou imposição. É legal a gente se conhecer o suficiente para saber o que nos agrada e consumir obras assim, mas sair da zona de conforto cinéfila pode trazer boas surpresas. Porém, não é por isso que absolutamente todos os filmes vão ser bons. É bom ter isso em mente e não desistir na primeira frustração. Escolha números próximos da sua realidade, porque bater meta é gostoso demais. E que 2025 seja um ano repleto de bons filmes para todos nós! Leia Também Orfeu Negro Orfeu Negro: Entre a Beleza do Carnaval e as Sombras… Leia mais 03/03/2025 O Palhaço O Palhaço Por Danielle Delaneli “O Palhaço”, dirigido por Selton… Leia mais 01/03/2025 Um Filme de Cinema (2017) Um filme de cinema (2017) Crianças sendo crianças… Sem spoiler… Leia mais 25/02/2025 Cinema Paradiso Cinema Paradiso: Uma Ode à Magia do Cinema e à… Leia mais 19/02/2025 Cinderela Baiana (1998) Cinderela Baiana (1998) Um clássico do cinema brasileiro? Por Ricardo… Leia mais 18/02/2025 Carregar mais O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.
Trailer Parker Boys (2001-2018)

Críticas Trailer Parker Boys (2001-2018) Não parece, mas é engraçado! Por Ricardo Rodrigues @imaginealgolegalaqui Sem spoiler! Eu não sabia da existência dessa série, até meu amigo Nick comentar sobre ela e me mostrar o episódio piloto. Eu estava passando por um momento difícil na minha vida, e queria assistir alguma coisa que não me fizesse pensar muito, e essa série acabou se tornando um alívio cômico que eu precisava. Trailer Parker Boys possui uma premissa simples: acompanhamos um grupo de amigos que saíram da cadeia e buscam novos meios para viver. Acontece que eles moram em uma cidade minúscula, em um trailer e sempre acabam fazendo coisas a margem da lei e completamente ilegais (como roubos, cultivar drogas etc). Apesar dos desastres a série nos mostra um sentimento de união: os amigos sempre estão por perto, independente de como a situação está. A genialidade da série está em abordar toda essa situação como se fosse um documentário, isso garante uma proximidade com o espectador e empatia também pois apesar das pessoas errarem, compreendemos os motivos. Muitas pessoas não vão achar a série engraçada, pois a abordagem de humor aplicada aqui é a comédia do absurdo (situações trágicas e absurdas e constrangedoras que acabam em vergonha alheia se tornando cômico ao espectador). Um outra sacada da série é a duração dos episódios, que cada um possui um pouco mais de vinte minutos. Com um ritmo de roteiro acelerado com mil coisas acontecendo ao mesmo tempo, prende atenção do espectador fazendo-o acompanhar e maratonar naturalmente, sem perceber as temporadas passando. Cabe ressaltar também que as temporadas vão evoluindo ao longo do tempo, a primeira começou nos anos 2001 então é fácil ver objetos de época (como discman, roupas típicas entre outros). Já a última temporada (2018) aposta em imagens de melhor resolução (provavelmente câmeras 4k) e em um distanciamento dos personagens (claro que, mantendo a característica de mockumentary – mas não tão próximo como as primeiras temporadas). Quanto as atuações, todas elas são incríveis! Realistas demais, principalmente um destaque para o personagem Rick (interpretado por Robb Wells) e o personagem Julian (Jhon Paul Tremblay). Lembrando que não existe necessariamente protagonistas na série, todos os personagens são importantes, o que acontece aqui são os personagens que mais aparece em todos os episódios: Rick e Julian. A série possui nota 8,5 no IMDB e fez tanto sucesso que a Netflix também produziu uma série animada adulta. Claro que Trailer Parker Boys não vai agradar a maioria das pessoas pelo seu humor ácido e trágico, mas recomendo que vocês assistam ao menos o episódio piloto com pouco mais de vinte minutos, tá disponível na Netflix. Se você gosta de um humor similar a “the office”, ou “fleabag” talvez acabe gostando de Trailer Parker Boys também. Se eu pudesse avaliar a série de zero a cinco, daria nota 3,8. A série é boa mas em alguns momentos acaba extrapolando, mas mesmo assim continua uma boa série! Leia Também Orfeu Negro Orfeu Negro: Entre a Beleza do Carnaval e as Sombras… Leia mais 03/03/2025 O Palhaço O Palhaço Por Danielle Delaneli “O Palhaço”, dirigido por Selton… Leia mais 01/03/2025 Um Filme de Cinema (2017) Um filme de cinema (2017) Crianças sendo crianças… Sem spoiler… Leia mais 25/02/2025 Cinema Paradiso Cinema Paradiso: Uma Ode à Magia do Cinema e à… Leia mais 19/02/2025 Cinderela Baiana (1998) Cinderela Baiana (1998) Um clássico do cinema brasileiro? Por Ricardo… Leia mais 18/02/2025 Carregar mais O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.
Imagem feminina nos filmes de terror

Críticas Exploradas e sexualizadas: o conto da imagem feminina nos filmes de terror pt. 1 Por Sara Freitas @fabricadohorror Após o ápice do expressionismo alemão no exterior, nos Estados Unidos as histórias de terror estavam se tornando populares e lucrativas entre o público. Hollywood logo tratou de atender os desejos da população pelo lado sombrio com histórias de terror extraídas de uma variedade de fontes, de romances clássicos a reportagens de revistas e peças de teatro. As representações de gênero em filmes de terror, particularmente do sexo feminino, têm sido sujeitadas a diversos comentários. Críticos e pesquisadores do mundo cinematográfico argumentam que os filmes de terror apresentam violência gráfica detalhada, contendo situações eróticas ou sexuais que se aproximam de se tornar pornográficas, e se concentram mais em ferir ou matar personagens femininas, em oposição a não femininas. Desde o início do terror no cinema americano, as mulheres muitas vezes foram vistas como símbolos e não como personagens complexos. Normalmente, personagens femininas só existiam para o desenvolvimento do personagem principal, um homem, através de inúmeras personagens icônicas da história do cinema, como; a melhor amiga que dá conselho, um troféu para um herói e principalmente uma donzela em perigo. Na próxima semana iremos abordar com profundidade no Projeto a Sala, os subgêneros do terror, papéis femininos na história dos filmes de terror, a correlação entre a mulher e o corpo feminino como monstros, o título garota final, o título “a virgem”, papéis masculinos em filmes de terror, e por fim o terror moderno. Até lá folks ! Leia Também Orfeu Negro Orfeu Negro: Entre a Beleza do Carnaval e as Sombras… Leia mais 03/03/2025 O Palhaço O Palhaço Por Danielle Delaneli “O Palhaço”, dirigido por Selton… Leia mais 01/03/2025 Um Filme de Cinema (2017) Um filme de cinema (2017) Crianças sendo crianças… Sem spoiler… Leia mais 25/02/2025 Cinema Paradiso Cinema Paradiso: Uma Ode à Magia do Cinema e à… Leia mais 19/02/2025 Cinderela Baiana (1998) Cinderela Baiana (1998) Um clássico do cinema brasileiro? Por Ricardo… Leia mais 18/02/2025 Carregar mais O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.
Filmes para ver no fim de ano

Críticas Filmes para ver em família nesse limbo do fim de ano Por Larissa Blanco @filme.da.semana Já se recuperaram da ressaca do natal? E não me refiro só a ressaca do álcool, mas dos excessos, de comida, de socialização, de passar nervoso com todos os lugares lotados, etc. Bom, espero que estejam todos bem. Cada um passa essa época de fim de ano um jeito, mas acho que independente de onde você está, ou com quem, a vontade de ver um filme gostosinho é uma constante. Então essa semana trouxe uma lista de recomendações de filmes mais ou menos festivos, com classificação indicativa baixa, para ver em família, ou sozinho também. Agora seremos felizes (Meet me in st. Louis, 1944) O clássico com Judy Garland acompanha uma família em 1904 com a Feira Mundial de st Louis como plano de fundo. Ele é um pouco de tudo, drama de amadurecimento, drama familiar, romance, musical….e sua história pode parecer sem graça contando aqui, mas é um espetáculo em Technicolor e tem sua catarse emocional durante o natal. Um clássico que sobrevive ao tempo por focar nos laços entre seus personagens e no carisma da Judy Garland. Adoráveis mulheres (Little women) Esse aqui é um curinga, porque temos diversas adaptações do livro de Louise May Alcott. A mais recente é a minha favorita, de 2019 dirigida pela Greta Gerwig, mas também gosto muito da de 1994 da Gillian Armstrong. Independente da versão escolhida, você irá acompanhar a vida de quatro irmãs ao longo de seus anos de formação, suas alegrias e tristezas, expectativas e ambições. É outro clássico que permanece relevante mesmo depois de todos esses anos por focar nos relacionamentos dos personagens, e até mesmo nas suas imperfeições. Os rejeitados (The holdovers, 2023) Um filme um pouco mais atual, lançamento do ano passado. Os rejeitados exala nostalgia, na maneira como é filmado e na sua ambientação durante os anos 70. Um laço improvável surge entre um aluno rebelde de um internato, uma cozinheira enlutada e um professor teimoso. Ele tem uma dose certa de beleza e melancolia, ótimo pra quem quer um filme festivo mas diferente dos clichês que permeiam a data. Boas festas a todos e que 2025 seja um ano repleto de bons filmes! Orfeu Negro O Palhaço Um Filme de Cinema (2017) Cinema Paradiso Cinderela Baiana (1998) O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.
Os Simpsons: O Prêmio de Natal

Críticas Os Simpsons T01E01: O Prêmio de Natal Por Ricardo Rodrigues Primeiro episódio de natal de uma das famílias mais amadas da animação. COM SPOILER!! Esse é primeiro texto que escrevo sendo redator do projeto a sala! Uma honra fazer parte dessa equipe maravilhosa! Feliz natal para todos, e boas festas 2025 vem mais coisas por aí! Esse episódio foi realizado em 1989, se chama “o prêmio de natal”. Na verdade, esse episódio é bem diferente de todos da série, principalmente pela construção em si. A começar pelos traços desenhados que são um pouco rudimentares, não refinados – o homer por exemplo, tem uma feição mais bruta. Nesse episódio acompanhamos Marge e Homer ao show de fim de ano da escola de Springfield, que chegam atrasados para iniciar. Na apresentação, as crianças estão contando curiosidades do natal ao redor do mundo, tem um coral que Bart participa contando “jingle bells” errado. A apresentação demora e homer fica entediado… Um corte seco, e somos apresentados pela primeira vez na casa dos Simpsons, onde encontramos Marge escrevendo cartas para família distante ao mesmo tempo que Homer tenta organizar decorações natalinas. Lisa e Bart escrevem cartas para papai Noel, Bart quer uma tatuagem e Lisa um pônei… A família nega totalmente o pedido de Bart, o de Lisa também. Ao final do dia, Homer consegue deixar a iluminação de natal pronta, mas fica ruim (poucas luzes funcionais, e sem decoração). Flanders mostra a iluminação da casa, e deixa Homer intrigado e as crianças admiradas… No dia seguinte durante o café da manhã, Marge propõe fazer as compras de natal com as crianças e pega o jarro de dinheiro da família, que estava cheio. Bart fica admirando tatuagens e decide fazer uma em homenagem a Marge. Enquanto Marge está com Lisa, Bart aproveita e faz uma tatuagem “old school” escrito mãe. Homer ainda está trabalhando na usina nuclear e o Mrs Bruns anuncia que não haverá bônus de natal (homer fica preocupado pois tem que comprar presente para toda a família). Marge encontra Bart antes da tatuagem terminar, tira do estúdio e o leva para uma clínica de dermatologia, para remover a tatuagem. O médico avisa que dá para remover, mas será caro – Marge usa todo o dinheiro do jarro, contando que Homer receberá o bônus de natal (ela ainda não sabe que Homer não receberá). Homer chega em casa e encontra Bart com faixa no braço, Lisa conta o que ocorreu e fala também que o dinheiro inteiro foi gasto na remoção da tatuagem de Bart. Homer fica surtado, e anuncia que não haverá presente para ninguém (escondendo que não recebeu o bônus de natal, alegando que será o melhor natal da família). Detalhe: tudo isso acontece em menos de dez minutos de episódio. Homer fica aflito e Marge o questiona, mas novamente Homer tenta esconder a situação, falando que ele próprio fará as compras de natal. Ao fazer as compras, Homer compra coisas desnecessárias como meia calça, brinquedo para animais e esbarra com Flanders ao sair da loja – nesse momento ocorre uma troca de caixas, mas Homer pega todos os itens que comprou. Chateado, Homer vai até o bar do moe e decide pegar um emprego extra como papai Noel, sendo treinado inclusive em uma sala de aula para agir fielmente como papai Noel (vai trabalhar no dia 24 e 25 de natal). Homer chega tarde em casa, encontra Selma e Velma e fica nervoso, pegando o carro e dirigindo na floresta para roubar um pinheiro de natal. Um corte seco novamente, e observamos Homer trabalhando como papai Noel ao mesmo tempo que Bart e os amigos ficam no shopping (Bart não percebe que é Homer, mas durante uma “brincadeira” ele percebe que é Homer). No final do expediente, Homer recebe o pagamento de 13 dólares apenas, Barney convida Homer para apostar em corridas de cachorro, Bart afirma que essa pode ser a chance de acontecer um “milagre de natal”, incentivando o pai ma aposta. Homer contraria o conselho de Barney, e aposta todo o dinheiro em um cachorro chamado “ajudante de papai Noel”. Enquanto isso, na casa de Marge encontramos a família toda reunida (exceto Bart e Homer). Ocorre uma discussão entre Selma e Lisa, que defende o pai enquanto Selma o ofende… Homer está na corrida e percebe que perdeu a aposta quando o ajudante de papai Noel perde. Barney sai de carro acompanhado de uma mulher (deixando claro ao espectador que ele ganhou a oposta) e ainda zomba de Homer no final. O criador do ajudante de papai Noel fica furioso ao ver que o animal perdeu a corrida e o abandona na rua, que corre em direção a Homer se jogando no colo dele. Bart pergunta se pode ficar com o ajudante, Homer hesita mas acaba aceitando a proposta. Homer chega em casa, e informa que não recebeu o bônus de natal, Bart interrompe Homer mostrando o ajudante de papai Noel. A família toda fica feliz com o presente, e tira uma foto de natal. Apesar da premissa relativamente simples, esse episódio é ótimo para assistir ao natal pois nos mostra a união, esforços, empatia e mesmo quando as coisas dão errado, temos sempre uma lição para aprender. As melhores coisas acontecem quando não estamos esperando, e se estivermos com pessoas que amamos, cada momento torna-se especial. É o primeiro episódio dos Simpsons, além de ser uma ótima maneira de nós introduzir a série (que continua ao ar até hoje!) principalmente pela construção dos personagens: Lisa sempre “certinha” e inteligente, Bart ao mesmo tempo que é rebelde, também ama a sua família. Marge sempre pensa nos filhos e está ao lado de Homer mesmo quando as coisas não estão bem. Uma das famílias mais queridas da ficção, nos deseja feliz natal com esse episódio que de fato, vale a pena você assistir (está disponível no Disney+). Leia Também Orfeu Negro Orfeu Negro: Entre a Beleza do Carnaval e as Sombras… Leia mais 03/03/2025 O Palhaço
O Fascínio pelo Horror

Críticas O Fascínio pelo Horror Por Sara Freitas Uma pergunta que causa muita comoção entre os fãs do gênero Horror, que inclusive já foi direcionada a minha pessoa é; “Se você gosta de filmes de terror com cenas gráficas de pessoas sendo torturadas e assassinadas, isso quer dizer que subconscientemente você gosta dessas coisas? isso te torna um psicopata?”. Por mais que seja uma pergunta extravagante e generalista para com nós fãs, não podemos esquecer que ainda existem pessoas que acreditam piamente em políticos e na igreja. Em sua maior parte a população conservadora. Porém, existe uma explicação mais lógica e científica do porquê nos deliciamos ao assistir esses tipos de filmes, e nos desafiamos cada vez mais a assistir coisas pesadas. Desde sua origem no expressionismo alemão em 1920, com filmes como “O Gabinete do Dr. Caligari” e o famoso “Nosferatu” lançado em 1922, o gênero Horror foi criado como uma válvula de escape artística para lidar com as diversas comorbidades e problemas originados após a Primeira Guerra Mundial, uma época marcada por sentimentos de impotência, melancolia, e falta de perspectiva de vida, que durou entre 1914 e 1918. O horror como gênero cinematográfico busca provocar medo ou desgosto em seu público, entretanto, seus atributos como gênero também pode ser encontrado em outros, já que sua principal característica é provocar tensão em seus espectadores. Por favor, não confunda horror com suspense, ou thriller, já que suspense não é um gênero do cinema e sim thriller, mas isso deixamos para outro momento. Estamos falando de um gênero que explora a realidade e a surrealidade, que representa a necessidade por supressão, onde o horror mostrado em cena é interpretado com forma de expressar desejos desconfortáveis e perturbadores que precisam ser contidos. E sua definição está intimamente conectada à psicologia, assim como dizia o papai Freud, que afirmava que talvez suas namoradas serem idênticas a sua mãe não seja somente uma coincidência. Em teoria, Freud descreve que o terror vem do “Inquietante”, um surgimento de imagens e pensamentos primitivos, em adição com uma sensação de angústia, confusão e estranhamento. O famoso filósofo grego, Aristóteles, introduziu o termo “Catarse” que se refere a purificação de emoções por meio de uma descarga emocional provocada por um trauma. Muito disso no terror se dá pela punição de representações sociais, como serial killers, predadores sexuais, familiares abusivos e agressivos, ex-namorados, jovens promíscuos, pessoas que machucam animais, entre outros. O propósito dos filmes de terror, além da crítica social que a onda moderna têm nos mostrado, é realçar medos inconscientes, desejos, impulsos e arquétipos primitivos que estão enterrados fundo em nosso subconsciente coletivo. Em ambas as teorias, neste processo, liberamos emoções negativas ao assistir filmes com violência e outros tipos de cenas gráficas. Leia Também Orfeu Negro Orfeu Negro: Entre a Beleza do Carnaval e as Sombras… Leia mais 03/03/2025 O Palhaço O Palhaço Por Danielle Delaneli “O Palhaço”, dirigido por Selton… Leia mais 01/03/2025 Um Filme de Cinema (2017) Um filme de cinema (2017) Crianças sendo crianças… Sem spoiler… Leia mais 25/02/2025 Cinema Paradiso Cinema Paradiso: Uma Ode à Magia do Cinema e à… Leia mais 19/02/2025 Cinderela Baiana (1998) Cinderela Baiana (1998) Um clássico do cinema brasileiro? Por Ricardo… Leia mais 18/02/2025 Carregar mais O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.
Começando pelo fim e a confusão do fim de ano

Críticas Começando pelo fim e a confusão do fim de ano Por Larissa Blanco @filme.da.semana Dezembro é o mês mais caótico do ano. Hora de refletir sobre os últimos meses, finalizar pendências e, se possível, recarregar as energias para o ano seguinte. E cá estou eu, entrando de cabeça num projeto novo em plena véspera de natal! Deixa eu me apresentar brevemente. Sou a Larissa, auto intitulada cinéfila quando descobri que essa palavra existia, a referência de meus amigos e familiares quando precisam de alguma recomendação. Falo tanto sobre o tema que em 2020 comecei um podcast, o Filme da Semana. Apresentações feitas, voltarei a falar sobre o mês de dezembro. A temporada de premiações começou pra valer, temos o “melhores do ano” de círculos de críticas e listas de indicados a premiações prestigiadas saindo diariamente. E além dos prêmios gringos, agora também é o momento de todos soltarem suas listas de favoritos de 2024, dos grandes críticos a aquela pessoa que só viu os filmes mais básicos do ano. Não importa. E eu quero ver todas elas. Esse texto na verdade é uma ode ao top 10 do ano, à retrospectiva do seu agregador de música, ao paginômetro do aplicativo de livros. Talvez aconteça um julgamento de vez em quando? Somos humanos e complexos, então sim, vai rolar um julgamento sim. Mas tudo bem, porque do mesmo jeito que eu posso olhar estranho pra alguém que colocou um filme da Marvel no seu top 3 em pleno 2025, eu mesma provavelmente serei diagnosticada como cinéfila insuportável & arrogante por alguém. Compartilhem sim o que foi bom para vocês no ano, além de ser legal é uma boa maneira de iniciar uma conversa com seus amigos virtuais, e até mesmo flertar virtualmente. E se 99 pessoas ignorarem seu story no Instagram, eu estarei lá, dando ao menos um coraçãozinho! (Se eu te seguir ne, senão fica difícil). Feliz natal pessoal, e até semana que vem! Leia Também Orfeu Negro Orfeu Negro: Entre a Beleza do Carnaval e as Sombras… Leia mais 03/03/2025 O Palhaço O Palhaço Por Danielle Delaneli “O Palhaço”, dirigido por Selton… Leia mais 01/03/2025 Um Filme de Cinema (2017) Um filme de cinema (2017) Crianças sendo crianças… Sem spoiler… Leia mais 25/02/2025 Cinema Paradiso Cinema Paradiso: Uma Ode à Magia do Cinema e à… Leia mais 19/02/2025 Cinderela Baiana (1998) Cinderela Baiana (1998) Um clássico do cinema brasileiro? Por Ricardo… Leia mais 18/02/2025 Carregar mais O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.
Gaza, Meu Amor (2020)

Críticas “Gaza, Meu Amor”: Uma História de Amor e Esperança no Coração da Palestina Por Mari Brum Em meio ao cenário de conflito e violência que marca a Palestina, Gaza, Meu Amor surge como um sopro de leveza e afeto. Dirigido pelos irmãos Arab e Tarzan Nasser, o filme é uma crônica tocante sobre o amor e a vida cotidiana de uma população que, apesar das adversidades, segue buscando seus sonhos. A produção, que dá início à nossa série sobre O Cinema do Oriente Médio, apresenta uma história de amor delicada e divertida em Gaza, desafiando as expectativas sobre o que um romance pode ser em uma região marcada pela guerra. A trama segue Issa, um pescador que encontra, por acaso, uma antiga estátua de Apolo durante uma de suas pescarias. Ao invés de revelar o artefato, ele decide escondê-lo em sua casa. No entanto, o verdadeiro segredo de Issa é seu amor não correspondido pela costureira Siham. O que torna essa história ainda mais comovente é o fato de que seus protagonistas são pessoas mais velhas, um retrato raro de romance na terceira idade, especialmente em um contexto como o de Gaza, que muitas vezes é associado apenas à violência e ao sofrimento. Um dos maiores méritos do filme é justamente mostrar o cotidiano de pessoas comuns, que, apesar de viverem em um ambiente de constante tensão e medo, também compartilham afeições, esperanças e sonhos. Como destacou o próprio diretor Arab Nasser, Gaza, Meu Amor não busca embelezar ou distorcer a realidade de Gaza, mas sim retratá-la com honestidade, apresentando os desafios e as pequenas alegrias da vida sem pretensão de fazer um filme “mais bonito ou mais feio” do que a verdadeira situação. O filme, baseado em fatos reais, vai além de um simples romance; é uma história de resistência emocional. Em meio ao caos e à incerteza, a vida e o amor continuam a florescer, oferecendo uma mensagem de resiliência e humanidade. Gaza, Meu Amor se destaca por ser uma obra afetuosa e suave, que mostra que, apesar das dificuldades, a vida segue e, no coração da guerra, sempre há espaço para a esperança e o afeto. Ao apresentar um retrato honesto e sensível das relações humanas em Gaza, o filme é um lembrete de que, apesar da guerra, a vida persiste. Gaza, Meu Amor é uma celebração da vida e do amor, e uma prova de que, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, o espírito humano encontra maneiras de florescer. Orfeu Negro O Palhaço Um Filme de Cinema (2017) Cinema Paradiso Cinderela Baiana (1998) O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.
Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado (2004)

Críticas “Espíritos: A Morte Está ao Seu Lado”: O Clássico do Terror Tailandês que Ainda Assusta 20 Anos Depois Por Natalia Rey Nos anos 2000, o filme Espíritos: A Morte Está ao Seu Lado causou um verdadeiro impacto nos fãs de terror. A produção tailandesa não só aterrorizou a audiência na época, mas, duas décadas depois, continua a ser uma das obras mais perturbadoras do gênero, capaz de gerar o mesmo medo visceral em quem a assiste. A trama segue o fotógrafo Tun e sua namorada Jane, que, após um trágico acidente de carro, começam a perceber figuras misteriosas e sombrias nas fotos que ele tira. À medida que tentam desvendar o que está acontecendo, os dois se veem imersos em uma espiral de acontecimentos cada vez mais intensos e inexplicáveis, criando uma atmosfera de tensão crescente. Espíritos se destaca no vasto universo do terror asiático por não apostar em sustos fáceis. Em vez disso, o filme constrói uma tensão constante, levando o espectador a sentir um medo profundo e psicológico. A diferença está na habilidade de criar uma sensação de desconforto persistente, que não se limita a momentos isolados de pavor, mas se estende durante toda a narrativa. As cenas do filme são tão impactantes que, mesmo após tantos anos, ainda conseguem manter os nervos à flor da pele. O maior exemplo disso é o desfecho, um último take que é um verdadeiro soco no estômago. Ele se encaixa de maneira perfeita na história e deixa o espectador abalado, com uma sensação de inquietação que persiste muito depois dos créditos finais. Para quem está em busca do verdadeiro terror psicológico e da atmosfera única que só o cinema tailandês consegue criar, Espíritos: A Morte Está ao Seu Lado é uma obra obrigatória. Prepare-se para enfrentar o medo de uma forma que só o terror asiático sabe proporcionar — e, depois de assistir, será difícil garantir uma noite de sono tranquila. Orfeu Negro O Palhaço Um Filme de Cinema (2017) Cinema Paradiso Cinderela Baiana (1998) O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.