Projeto A Sala

Bem vindos a bordo

bem vindos a bordo 2021

Críticas Bem vindos a bordo (2021) Por Ricardo Rodrigues Antes de começar a análise, esse filme foi feito no meio da pandemia do COVID-19 em 2021, e isso é apresentado na narrativa – principalmente do meio para o final. Sabe aqueles filmes que são medianos e interessantes ao mesmo tempo? Bem vindos a bordo é um desses filmes. Definitivamente você não vai colocar para assistir como primeira opção, mas quando assistir não ficará frustrado… O filme possui dois diretores: Emmanuel Marre e Julie Lecoustre (que são roteiristas do longa também). Conhecemos Cassandra (Adele Exarchopoulos) uma jovem de 26 anos que é comissária de bordo em uma empresa de baixo prestígio, que tem que conciliar os desafios da carreira junto com a vida pessoal. Nunca tive nenhum contato com comissária de bordo, mas o filme foi produzido de maneira verossímil que causa reflexão sobre as relações de cargo e como conciliar na vida pessoal os desafios que aparecem. Cassandra tem uma vida regrada com encontro casuais em aplicativos de relacionamento, noites regradas com álcool e drogas na intenção de diminuir o tédio e a pressão pressão do trabalho. Com treinamentos intensos e metas elevadas, o emprego vai ficando exaustivo e Cassandra acaba perdendo o cargo que ocupava. Com esse choque de realidade, ela se vê em um novo desafio: abandonar os antigos hábitos para retornar a sua cidade natal e poder recomeçar a vida. O roteiro é simples, mas funciona muito bem com a temática que é apresenta de forma linear e a direção geral é excelente, que junto com a atuação magistral da Adele Exarchopoulos permite uma imersão na vida da protagonista, garantindo que o espectador crie empatia com a personagem. Não é um dos meus filmes favoritos, mas é um bom filme… Se eu pudesse dar uma nota seria 3,5. O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

Frances Ha

Frances Ha (2012)

Críticas Frances Ha (2012) Por Ricardo Rodrigues Se tornar adulto não é fácil, principalmente quando você é uma mulher com muitos sonhos e pouco dinheiro, e mora em uma cidade grande… Essa é a premissa de Frances Ha: filme escrito e dirigido por Noah Baumbach e co-escrito por Greta Gerwig. Mas não se engane, esse filme é uma obra prima escondida por trás de uma história aparentemente comum. Sinceramente, acho o longa perfeito para assistir quando você tem trinta anos – ou perto disso, a pressão que a sociedade em ver todos ao redor e “bem sucedidos” ao mesmo tempo em que você fica parada é realista, embora que simplória. O filme consegue causar empatia ao espectador pois querendo ou não, todos nós já fomos (ou somos) Frances, ou conhecemos uma “Frances” em nossas vidas. A construção do roteiro e a criação complexa da protagonista, juntamente com a excelente atuação de Greta Gerwig proporciona risos, lágrimas e vontade de abraçar a personagem. Ficamos empáticos com as situações cometidas: quem diria que uma ida a Paris seria tão deprimente? Pois o roteiro brinca com reviravoltas e apresenta situações cômicas do cotidiano que, na maioria das vezes passam despercebidas aos nossos olhos. A cena de Frances correndo enquanto dança na rua, com a trilha sonora de “Modern love” do Bowie é simplesmente incrível e proporciona um calor no coração de quem assiste, e a cena do monólogo sobre relacionamentos, quando Frances fica bêbada ao tomar uma taça de vinho é outra cena icônica do filme. Um filme sobre amadurecimento, identificação, perdas, ganhos, conflitos, mudanças, expectativas e perspectivas diferentes.  Assista, você não vai se arrepender! O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.