Críticas Hora da Estrela (1985) Por Ricardo Rodrigues Se você...
Leia maisQuero dizer, anos 90 foram caóticos para a televisão brasileira (banheira do Gugu é um bom exemplo disso) e os anos 70/80 eram tão caóticos ou até mais. A maioria das pessoas não tinham o senso crítico que se tem hoje, muita coisa passava despercebido como “humor disfarçado”.
Mesmo se tratando de adultos caracterizados de crianças, as atuações eram boas e fluidas, principalmente o personagem “seu madrugada” que parece ser um brasileiro na meia idade.
A maioria dos episódios de Chaves ocorrem em um cenário ou dois no máximo, mesmo a locação e cenografia limitada não impede que o episódio seja ruim, garante um ar verossímil principalmente porque representa muitas casas de famílias brasileiras naquele período.
As piadas, atuações e improvisos eram certeiros. Em algumas cenas era possível notar inclusive a própria equipe rindo (mesmo usando background de risadas, conseguimos notar risos reais dos bastidores) e as situações eram cômicas que de fato os atores “se arriscavam” muito, um clássico exemplo é os famigerados tapas que a dona Florinda dava principalmente no seu madruga.
Se engana quem acha que chaves “não tem nada a ensinar”, por se tratar de uma série dos anos 70/80 existia sim uma preocupação com “lições de moral”. E existem vários momentos da série que são comoventes.
A caracterização fica grotesca principalmente ao passar dos anos, na década de 90 (que não chegou a ser exibido aqui no Brasil pelo SBT) notamos isso com força. O corpo muda e o tempo passa, ficando realmente esquisito os adultos interpretarem personagens infantis.
Tem alguns episódios que fazem “piada” com homofobia, dando a entender que ser gay fosse a coisa mais absurda do mundo. Outra questão problemática também é o personagem “seu barriga” que devido ao nome e seu porte físico, sofre gordofobia constantemente por todos os personagens, entre outras coisas que obviamente não cabem aos dias atuais.
Vários episódios são readaptados, ou seja, contados de uma maneira diferente, alterando pouca coisa do roteiro e várias piadas do roteiro também não fazem sentido, ficando algo desconexo.
Praticamente em todas as temporadas, o figurino dos personagens não muda, exceto um detalhe ou outro. A impressão que causa ao expectador é que os personagens não tomam banho.
Principalmente no primeiro ano, os episódios eram caóticos do tipo “tiro porrada e bomba” (mas sem tiros e bombas). Todos apanhavam e era “bem explícito”, ou seja, não era algo muito agradável de se ver. As ofensas iam além da agressão física, iam para a violência verbal também (ofensas, mas sem falar palavra de baixo calão).
Pai solo (viúvo) de uma menina, faz alguns bicos mas não tem emprego fixo e não consegue pagar o aluguel.
Filha do Seu Madruga, esperta e sempre com a língua afiada mas respostas.
Órfão, mora em um barril e vive se metendo em confusões diversas.
Filho único muito mimado pela mãe.
Viúva tipicamente classe média no Brasil que tem “aversão” a pobre (se acha rica mas não é).
Típico homem “bom e sério”, na verdade paquera a mãe do aluno e é arrogante, se acha melhor que os outros.
Dono da vila, cobra aluguel das pessoas e sempre acaba apanhando “sem querer” do chaves.
Uma mulher que nunca se casou, tem um crush no seu madrugada mas nunca é correspondida.
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