Looney Tunes – O Filme: O Dia Que A Terra Explodiu é a fórmula certa para a franquia da Warner!
Inserir uma nova vida útil – e de preferência, longa – para um universo animado que já possui mais de 90 anos, não é tarefa fácil. Afinal, mesmices cinematográficas estão aos montes por aí e até hoje, por exemplo, a Marvel não sabe como recuperar o fio da meada, após o sucesso de Vingadores. Mas, os roteiristas do novo filme do Looney Tunes parecem ter acertado na dose.
Em seu último lançamento, acompanhamos a jornada de Gaguinho e Patolino em um script habitual para o estúdio: o espaço sideral e a sua sempre firme ameaça universal. Se, à primeira vista, parece que o longa irá persistir no enredo clássico dos live-actions do passado, a história mostra que não foi esse o destino do Dia que a Terra Explodiu.
Na trama, a dupla carismática vive em uma cidade dominada pela indústria do chiclete e, logo na primeira metade, descobre que um ser alienígena alterou a fórmula da mais nova edição da goma de mascar para fins nefastos.
Esse é o fio lógico do filme, isto é, o único ponto racional da trama, já que nada em Looney Tunes é para ser verossímil. Com personagens secundários que justificam sua existência – acredite, isso é talvez um dos maiores desafios para os estúdios de animação hoje em dia – é muito divertido acompanhar a interação criada para a dupla de desajeitados, que representam uma ameaça muito maior para o mundo do que qualquer plano maquiavélico orquestrado por um extraterrestre.
Brincando com a máxima de que serão eles a única esperança da Terra, o longa entretém, não cansa e até consegue emocionar. Para um legado que precisa – urgentemente – se encaixar no novo mundo digital da geração Alpha (nascida nos anos 2010), isso já é certamente um dever mais que cumprido.