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Leia maisFeliz 2025 pessoal!
Já montaram as metas de vocês para esse ano que se inicia?
Aliás, o quão gentil vocês estão sendo com vocês mesmos com essas metas, hein?
Hoje em dia eu tenho feito poucas metas, e todas elas acabam englobando meus hobbies, porque eu sinto que é a única coisa que tenho controle na minha vida. Alguns anos atrás eu inventei umas metas cinéfilas mirabolantes, como assistir filmes de 52 países ao longo de um ano, e isso quase acabou com minha sanidade mental e amor pela sétima arte. Então hoje em dia tento focar em metas possíveis. Eu me conheço bem, então sei o que consigo e não consigo fazer. É claro que muitas vezes a vida acontece e nos atropela, mas o momento de criar metas também é um momento de autoconhecimento.
Mas chega de papinho motivacional, hoje venho aqui com singelas sugestões de metas cinéfilas para se desafiarem nesse novo ano que se inicia!
Assistir mais filmes dirigidos por mulheres
Em 2015 começou o movimento #52filmsbywomen, desafiando a assistir uma produção com direção feminina por semana, ao longo de um ano (sim, um ano tem 52 semanas, por isso muitos desafios possuem esse número). Essa é uma das poucas tradições que tenho comigo mesma, e há três anos consigo cumprí-la. Cinquenta e dois filmes podem ser muito para um início, mas que tal se desafiar a ver algo como 30 filmes?
Ver mais filmes de países diferentes
Não dá pra discutir o volume de produções norte-americanas que somos expostos constantemente. Tanto que nos acostumamos com formatos e clichês, com coisas que são até mesmo fora da nossa realidade, devido a essa exposição. E não vou falar aqui para parar de assistir filmes de Hollywood, mas sim para adicionar a suas listas de “quero assistir” mais filmes que sejam de outros países, falados em outras línguas, com contextos diferentes, etc. Inicialmente não é uma tarefa fácil, mas aos poucos a gente se acostuma com outros ritmos e tudo isso faz a gente criar um novo repertório cultural. Faça uma lista de países que você acha a cultura legal, que você conhece algum ator ou diretor, que você sabe que tem obras disponíveis nos streamings que você assina, e daí vai expandindo. É mais fácil começar com o cinema europeu, que costuma ter uma melhor distribuição, e essa mudança já pode ser um choque para alguns. Mas vale a pena desbravar obras de todos os continentes. Festivais de cinema podem ajudar muito nesse desafio.
Consumir mais cinema nacional
Sim, “Ainda estou aqui” é um filmão e merece ser premiado e celebrado, mas quantos outros filmes brasileiros você assistiu no ano passado? Outra meta possível é assistir mais filmes nacionais, e aqui tem um facilitador que são os streamings gratuitos. Itaú Cultural Play, SPcine, Sesc Digital são apenas alguns dos lugares onde você consegue ver filmes brasileiros, com catálogos que combinam clássicos e obras mais recentes, com muitas produções independentes.
Assistir filmes mais antigos
Com o fluxo de lançamentos nos streamings e seus algoritmos, somos expostos a filmes com no máximo 2 ou 3 anos. Não sei se vocês já passaram pelo grande evento que é alguém chamando de “antigo” um filme com pouco mais de dez anos, mas eu já e digo pra vocês que é esquisito. Ver só lançamentos pode confundir nossa percepção de tempo. Existem tendências de estilo, gênero, ritmo em todas as décadas, e é interessante observar isso. Só recentemente que, assistindo filmes do começo dos anos 2000, percebi características de edição muito marcantes da época, que passam despercebido quando aquilo é tudo que consumimos. Tente assistir um filme de cada década do século 20, com certeza você vai descobrir um novo favorito onde você menos espera 🙂
É claro que nenhum desses tópicos é uma ordem ou imposição. É legal a gente se conhecer o suficiente para saber o que nos agrada e consumir obras assim, mas sair da zona de conforto cinéfila pode trazer boas surpresas. Porém, não é por isso que absolutamente todos os filmes vão ser bons. É bom ter isso em mente e não desistir na primeira frustração. Escolha números próximos da sua realidade, porque bater meta é gostoso demais. E que 2025 seja um ano repleto de bons filmes para todos nós!
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