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Leia maisSEM SPOILER!
Reality+ é um curta metragem da diretora de “the substance” (Coralie Fargeat). Apesar de não ter cenas explícitas graficamente, o curta nos causa questionamento sobre aceitação, padrão de beleza e também sobre relacionamentos com as pessoas.
No curta, somos apresentados a um futuro distante, onde as pessoas adquirem um chip e podem ter a aparência que quiserem. É nessa jornada que conhecemos Vicent, um homem comum de aproximadamente 40 anos que compra essa experiência.
Vicent altera rosto, corpo e voz ao ponto de ficar dentro de um padrão de beleza padrão… Mas acaba voltando a ser comum após 12h, que é o período máximo que o chip suporta.
Vicent é um homem solitário e de certa forma, triste. Com a nova versão “Vicent+” fica mais confiante, seguro, sociável a ponto de atrair olhares por onde passa. Durante a noite (após o efeito das 12h passarem) Vicent vai até o terraço do prédio que mora, e encontra sua vizinha que fica a admirando de longe.
Acontece que Vicent – assim como nós, está inserido em um sociedade que exige um padrão de beleza inalcançável a maioria de nós, essa pressão social nos causa incômodo, a ponto de realizar alterações no corpo para ficar bem consigo mesmo. Claro que, no curta metragem uma hora “dá ruim” em Vicent, ao mesmo tempo, nos leva a refletir: e se simplesmente aceitarmos quem somos?
Vicent chamou atenção da vizinha uma vez com a sua aparência real e foi correspondido, logo, poderia deixar de ser totalmente solitário.
Esse curta metragem de 22 minutos na verdade nos causa reflexão, e sim, lembra bastante a série “black mirror”.
Apesar de ser realizado antes de 2020, notamos “traços da época”, muito CGI aplicado e provavelmente feito em Chroma Key. Possui ângulos de câmera médios, e primeiro plano também (o que garante uma imersão no espectador).
Quanto ao roteiro, a premissa simples é cativante (junto com o dinamismo rápido, realmente não vemos o tempo passar ao assistir o longa) atuações boas e convincentes, nos prendem a atenção do início ao fim. O humor está presente, mas de maneira sutil (apenas em algumas cenas específicas).
Não sei afirmar ao certo se esse filme foi o início do “the substance” mas tem vários aspectos em comum e com certeza por se tratar do trabalho da Coralie Fargeat, creio que “the substance” é o “Reality+ versão estendida e com imagens explícitas”.
Se eu pudesse avaliar o curta em uma nota de zero a cinco, daria 3. No IMBD o curta possui a nota 7,5 de 10. Se você quiser assistir, está disponível no prime video e na mubi.