Projeto A Sala

O Planeta dos Macacos (1968)

Planeta dos Macacos - Crítica do Projeto A Sala

Críticas “Planeta dos Macacos” (1968): O Filme que Revolucionou a Ficção Científica e Desafiou a Sociedade Por Marcelo Paiva Lançado em 1968, Planeta dos Macacos não é apenas um marco na história do cinema, mas uma obra que, até hoje, continua a influenciar o gênero da ficção científica. Com uma crítica social afiada e um enredo visionário, o filme não apenas antecipou tendências do futuro cinematográfico, mas também questionou as convenções da sociedade humana de uma maneira nunca vista antes. Em um cenário onde os filmes de ficção científica se multiplicaram, Planeta dos Macacos permanece inigualável, sendo uma obra fundamental para entender a evolução do cinema e do gênero. A trama segue um grupo de astronautas que, após um longo sono espacial, caem em um planeta distante, aparentemente inóspito, mas que guarda uma surpreendente reviravolta. Centenas de anos no futuro, os humanos se tornam uma espécie primitiva, subjugada por uma sociedade de macacos altamente desenvolvidos. Os humanos, considerados inferiores e primitivos pelos macacos, são caçados e tratados como criaturas sem inteligência. Essa inversão de papéis desafia as noções de superioridade humana e coloca em xeque as estruturas sociais vigentes, provocando uma reflexão sobre o tratamento de animais e as dinâmicas de poder na sociedade. O impacto emocional e filosófico do filme é inegável. O protagonista, Taylor, vivido por Charlton Heston, enfrenta o choque de uma sociedade símia baseada em valores conservadores e opressores. A crítica à humanidade e suas falhas é cruel e implacável, especialmente nas cenas que ironizam a maneira como tratamos os animais, ridicularizando nossa pretensa superioridade sobre outras espécies. Além do enredo inovador e da reflexão social, Planeta dos Macacos é um espetáculo técnico. A maquiagem, premiada com o Oscar, é uma das maiores conquistas do filme, permitindo que o público mergulhe na realidade daquela sociedade alienígena com uma imersão total. A trilha sonora e a atuação também são impecáveis, ajudando a construir uma narrativa que, mais de 50 anos depois de sua estreia, continua relevante e poderosa. Hoje, um filme como Planeta dos Macacos é raro nos cinemas. Ele representa uma ruptura com os padrões estabelecidos, uma obra disruptiva e soberba que não apenas definiu o gênero de ficção científica, mas também desafiou as convenções sociais da época. Para os fãs de ficção científica, é uma experiência obrigatória. Para todos os outros, é um convite a refletir sobre nossa própria sociedade e os caminhos que escolhemos seguir. Se você ainda não viu Planeta dos Macacos, está na hora de corrigir essa falha. Mais do que um filme, ele é uma lição de história, filosofia e, acima de tudo, um dos maiores marcos do cinema. Orfeu Negro O Palhaço Um Filme de Cinema (2017) Cinema Paradiso Cinderela Baiana (1998) O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

Jogo da Rainha (2023)

Jogo da Rainha crítica Projeto A Sala

Críticas “O Jogo da Rainha”: Karim Ainouz Transforma a História de Catherine Parr em um Thriller Psicológico e Concorrente da Palma de Ouro Por Mari Brum O diretor cearense Karim Ainouz, conhecido por filmes como Motel Destino e Madame Satã, faz sua estreia em um longa 100% em inglês com O Jogo da Rainha, um thriller psicológico baseado na vida de Catherine Parr, a última esposa de Henrique VIII. O filme, que chamou a atenção por sua indicação à Palma de Ouro no Festival de Cannes, oferece uma visão única e intimista da corte inglesa, especialmente do turbulento casamento entre Catherine e o monarca. A história gira em torno de Catherine Parr, a única esposa de Henrique VIII que conseguiu escapar do exílio e da execução, uma figura histórica que, embora tenha sido central na vida do rei, é menos conhecida do grande público. Baseado no livro O Jogo da Rainha, o filme mergulha nas complexidades emocionais e políticas da relação do casal, apresentando uma perspectiva claustrofóbica e intimista da corte inglesa. O destaque da produção fica por conta da atuação de Jude Law, que interpreta Henrique VIII em seus últimos anos de vida. O personagem, já debilitado pela obesidade e problemas de saúde, é um retrato assustador da decadência do monarca, e Law surpreende com uma performance irreconhecível. Ao lado dele, Alicia Vikander assume o papel de Catherine Parr, oferecendo uma boa atuação, embora a personagem de Catherine tenha menos espaço de destaque comparado à presença de Henrique. A direção de arte e a fotografia são impecáveis, criando uma atmosfera tensa e sombria que permeia todo o filme. No entanto, o enredo, embora interessante, acaba sendo apressado, oferecendo apenas um vislumbre da figura histórica de Catherine Parr. O ritmo, no entanto, é onde o filme realmente se destaca. Karim Ainouz, com sua abordagem única, cria uma dinâmica que mantém o espectador preso às duas horas de projeção, aproveitando o contraste entre a opressiva frieza do cenário e uma sensação de tensão crescente. A cinematografia de O Jogo da Rainha se distingue pelas cores ricas e pelas imagens recortadas, com planos inquietantes dos rostos das personagens que transmitem uma sensação de urgência e confusão emocional. Mesmo ambientado em um período histórico frio e acinzentado, o filme consegue infundir calor e intensidade na narrativa, graças à direção de Ainouz. Sua capacidade de transformar um filme de época em algo visceral e intimista é impressionante, e deixa no espectador a vontade de ver mais produções históricas sob sua lente única. Embora o enredo não impressione tanto quanto sua execução visual e emocional, O Jogo da Rainha é um filme que faz jus ao talento de Karim Ainouz e à sua habilidade de transformar histórias de época em experiências cinematográficas intensas e emocionantes. Para quem procura um thriller psicológico que vai além dos limites do gênero, este filme é uma experiência imperdível. Veja também outras críticas: Orfeu Negro O Palhaço Um Filme de Cinema (2017) Cinema Paradiso Cinderela Baiana (1998) Cidade de Deus O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

Salão de Baile (2024)

Salão de Baile crítica

Críticas “Salão de Baile”: O Documentário que Revela a Cena Ballroom Brasileira e Convida à Dança Por Luiz Ulian O documentário Salão de Baile, vencedor do prêmio de Melhor Longa-metragem do júri no Festival Mix Brasil, chega aos cinemas no dia 5 de dezembro, trazendo uma imersão única na cena Ballroom brasileira, com foco no Rio de Janeiro. O filme não é apenas uma celebração da dança, mas um convite para adentrar uma cultura vibrante e cheia de significados, especialmente para as comunidades negras e LGBTQIAPN+ em contextos vulneráveis. Embora o conceito de Ballroom tenha se tornado mais popular nos últimos anos, principalmente com produções americanas como a série Pose, Salão de Baile destaca-se por trazer uma perspectiva local e autêntica dessa cultura no Brasil. O documentário oferece uma visão completa e didática do universo do Ballroom, apresentando seu glossário e a importância vital dessa cena para a construção de identidade, pertencimento e resistência de pessoas marginalizadas. A cultura Ballroom é, no cerne, sobre acolhimento, empoderamento e, claro, muita dança. Mas também carrega consigo uma poderosa mensagem de celebração da vida, com uma dose de humor e “shade” – termos que definem uma atitude de resistência e afirmação diante das adversidades. Em Salão de Baile, o público é levado a uma experiência sensorial intensa, que não só mostra as performances artísticas, mas também a força emocional e social dessa cena. Mais do que um simples documentário, Salão de Baile se propõe a educar e sensibilizar seu público sobre as complexas dinâmicas de inclusão e resistência presentes nas comunidades de Ballroom. Através da dança, o filme ilustra como esse espaço serve de refúgio e plataforma para expressão de alegria, potência e liberdade, especialmente para aqueles que historicamente têm sido marginalizados pela sociedade. A estreia do filme nos cinemas é uma oportunidade imperdível para mergulhar em uma cultura de resistência e celebração que, embora enraizada em contextos de luta, também é uma festa de vida. Prepare-se para ficar de pé na cadeira, pois Salão de Baile é um convite irresistível para dançar do começo ao fim. Veja também outras críticas: Orfeu Negro O Palhaço Um Filme de Cinema (2017) Cinema Paradiso Cinderela Baiana (1998) O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

Almas Mortas (1964)

Almas Mortas

Críticas “Almas Mortas”: O Clássico Cult dos Anos 60 com Joan Crawford que Você Precisa Ver Por Marcelo Paiva Se você ainda não conhece Almas Mortas (1961), está na hora de corrigir isso. Esta joia escondida do cinema dos anos 60 traz uma performance memorável da icônica Joan Crawford no papel de Lucy Harbin, uma personagem que, uma vez vista, nunca será esquecida. O filme é um thriller psicológico perturbador que mantém o espectador preso do começo ao fim. A trama começa com uma cena chocante e ousada para a época: Lucy, uma mãe vingativa, mata seu marido e sua amante com vários machadadas, em um ato brutal de violência. Essa sequência inicial já captura a atenção do público e estabelece o tom sombrio do filme, que mistura suspense e mistério de maneira brilhante. O enredo leva o espectador a uma reviravolta intrigante quando, 20 anos após o crime, Lucy é libertada e vai morar com sua única filha, agora adulta. A grande questão que permeia a história é: Lucy está realmente pronta para reintegrar a sociedade? O filme explora a tensão entre o passado de Lucy e sua tentativa de adaptação a uma vida normal, envolvendo o público em uma trama psicológica que mantém o mistério até o último minuto. A cada cena, você se vê trocando de opinião sobre os eventos e personagens, ansioso pelo próximo movimento da trama. Embora Almas Mortas tenha sido lançado apenas três anos após o sucesso de Psicose (1960) e, por isso, alguns possam vê-lo como uma tentativa de seguir a onda do suspense psicológico, o filme se estabelece como um clássico cult ao longo do tempo. Sua narrativa envolvente e seus personagens complexos conquistaram uma base de fãs fiel, e o desfecho apoteótico garante que o público fique vidrado até o último momento. Além de sua trama intrigante, Almas Mortas ainda tem uma curiosidade que agrada aos cinéfilos: no final do filme, a mulher que segura a tocha símbolo da Columbia Pictures faz uma breve homenagem ao longa. Um detalhe que torna o filme ainda mais especial para quem conhece a história do cinema. Se você é fã de clássicos do suspense psicológico, Almas Mortas é imperdível. Uma verdadeira pérola do cinema, que merece ser descoberta por novos públicos e revisitada por aqueles que já a conhecem. Veja também outras críticas: Orfeu Negro O Palhaço Um Filme de Cinema (2017) Cinema Paradiso Cinderela Baiana (1998) O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

A Bolha Assassina (1988)

Críticas “A Bolha Assassina”: O Clássico Trash que Transformou uma Criatura Alienígena em Símbolo do Terror e do Ridículo Por Natalia Rey Em 1988, A Bolha Assassina chegou aos cinemas para contar a saga de uma cidade tentando sobreviver a um inimigo alienígena que mais parecia um amontoado de gosma e terror. Com Kevin Dillon e Shawnee Smith no elenco, o filme é uma adaptação de uma produção dos anos 50, mas foi a sua abordagem exagerada e os efeitos práticos inovadores que marcaram o filme como um clássico do terror trash. A história é simples, mas absurda: uma bolha alienígena chega à Terra e começa a devorar tudo e todos que cruzam seu caminho. O que torna A Bolha Assassina um exemplo claro de filme trash não é apenas a premissa inusitada, mas a execução. A criatura, sem forma definida, cresce de maneira implacável, se tornando uma ameaça incontrolável. E, claro, seus ataques são nada menos que grotescos e inesperados, gerando cenas que são verdadeiros shows de exagero e criatividade. Os efeitos especiais, que na época eram inovadores, hoje têm um charme cômico que contribui ainda mais para o tom trash do filme. A bolha, com sua aparência grotesca, não é apenas uma ameaça sem rosto, mas praticamente um personagem em si mesma, invadindo locais improváveis e devorando suas vítimas de maneiras cada vez mais criativas. É essa combinação de um roteiro absurdo, efeitos exagerados e atuações sérias que tornam A Bolha Assassina um filme cult do gênero terror. Embora o filme tenha sido feito para ser um suspense sério, sua natureza bizarra e as escolhas visuais hilárias fizeram dele um clássico que diverte tanto pela tensão quanto pelo humor involuntário. Considerado um ícone do cinema trash, A Bolha Assassina é uma experiência cinematográfica que oferece uma mistura única de sustos, risadas e cenas grotescas que são impossíveis de esquecer. Se você ainda não assistiu, prepare-se para rir, se impressionar e, claro, ficar atento para não ser pego pela bolha também. Veja também outras críticas: Orfeu Negro O Palhaço Um Filme de Cinema (2017) Cinema Paradiso Cinderela Baiana (1998) O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.

O Enigma do Abismo (1989)

crítica enigma do abismo

Críticas “O Enigma do Abismo”: O Filme Subestimado de James Cameron que Explora os Mistérios do Fundo do Oceano Por Marcelo Paiva Embora seja um dos filmes menos comentados de James Cameron, O Enigma do Abismo (1989) leva os espectadores a uma jornada fascinante e misteriosa às profundezas do oceano, muito antes Titânico . Neste thriller de ficção científica, Cameron apresenta uma história que coloca em dúvida a existência de vida nas regiões mais remotas do planeta, desafiando o desconhecido de maneira intrigante. O filme carrega todos os elementos pelos quais Cameron é conhecido: grandiosidade, rigor técnico e uma narrativa que, apesar de longa, apresenta momentos de tensão marcantes. Contudo, a obra divide opiniões. Para alguns, o ritmo mais lento e as longas conversas podem tornar a experiência enfadonha. No entanto, há quem considere O Enigma do Abismo uma obra subestimada, rica em detalhes e curiosa, que oferece muito mais do que aparenta à primeira vista. A história se passa no auge da Guerra Fria, quando um submarino americano desaparece nas profundezas do oceano Atlântico. A suspeita recai sobre os rivais políticos da época, e é então que uma equipe de escavadores de petróleo é recrutada para realizar uma missão de resgate. No entanto, ao chegar ao fundo do mar, eles logo descobrem que não estão sozinhos – algo misterioso e potencialmente perigoso está à espreita. Como era de se esperar de um filme de James Cameron, O Enigma do Abismo é repleto de inovações técnicas. O filme, que poderia ser facilmente confundido com uma produção contemporânea devido à sua qualidade técnica impressionante, ajudou a estabelecer padrões de excelência que moldaram a indústria cinematográfica nos anos seguintes. Com cenas tensas e uma habilidade notável para manter o suspense, Cameron consegue capturar a essência do desconhecido e da iminente ameaça com maestria. No entanto, o filme também peca pela quantidade de diálogos, que podem prejudicar o ritmo e afastar alguns espectadores. Mas quem conseguir perseverar até o final será recompensado. Nos últimos vinte minutos, o filme entrega uma reviravolta que justifica a paciência do público, proporcionando um desfecho impactante e memorável. Para os fãs de ficção científica e aqueles curiosos pela visão de Cameron sobre o fundo do oceano, O Enigma do Abismo é uma obra que merece ser redescoberta. Embora tenha sido negligenciado por muitos ao longo dos anos, o filme continua a ser um exemplo fascinante de como o gênero pode explorar tanto os mistérios do planeta quanto as profundezas da psique humana. Veja também outras críticas: Orfeu Negro O Palhaço Um Filme de Cinema (2017) Cinema Paradiso Cinderela Baiana (1998) O Projeto A Sala afirma que todos os textos do site são de responsabilidade do próprio autor.